Gambiarras de UTI: Cufômetro "caseiro"

Vi em um blog: (http://raylanafisioterapeuta.blogspot.com.br) e achei muito interessante:

Monte seu Cuffômetro "Caseiro":

  Cuffômetro de Fábrica

O Cuffômetro é um aparelho utilizado para verificação da Pressão do Balonete do Tubo Orotraquel, o Cuff, pode custar entre R$ 1.700,00 a R$ 2.250,00.  É utilizado, como já dito, para monitoramento da pressão do cuff, parâmetro importante para que se evite escapes de ar e pressão muito elevada do balonete na traqueal do paciente, os valores normais são de 20 a 34 cmH2O (15 - 25 mmHg), onde deve ser monitorada diariamente, de preferência 3x ao dia. Como alguns hospitais não têm recursos financeiros para adquirir um aparelho deste a equipe pode fazer uma adaptação (famosa gambiarra) para pode ter esse recurso.

 Segue abaixo o material necessário:
  1. Manômetro de aparelho de pressão
  2. Seringa 20 ml
  3. Torneirinha de 3 vias
  4. Pedaço de garrote
  5. Equipo de bomba (na verdade vc só precisa da ponta dele)


Cuffômetro Manual











Como fazer:

Corte a ponta do equipo e um pedaço do garrote,
Conecte o pedaço de garrote no manômetro, na ponta do equipo e depois na torneirinha;
Conecte a serinda de 10 ml na torneirinha.
Como aferir a pressão do cuff::

Acopla-se o cuffômeto no balonete externo do cuff da TOT com a torneirinha fechada para a seringa e verifique qual a pressão está dando. Se não estiver condizendo com os valores normais que o Consenso de Ventilação Mecânica preconiza, você deve insufla-lo até o valor ideal através da seringa conectada na torneirinha.

Anatomia e Fisiologia Cardiovascular

Sistema Cardiovascular



O aparelho cardiovascular, ou sistema cardiocirculatório, tem a responsabilidade de fazer chegar o sangue a todos os tecidos do corpo, proporcionando-lhes o oxigénio e os nutrientes necessários para o seu metabolismo, e seu motor central é o coração.

O coração tem como função bombear o sangue para todos os tecidos do corpo, impulsionando ritmicamente o sangue, rico em oxigénio e em nutrientes, através de uma vasta rede de vasos sanguíneos que, por sua vez, chegam a todo o organismo.


Anatomia Cardíaca

  • Posição: O coração é um órgão oco de paredes musculosas, situado no centro do tórax, entre os dois pulmões e por trás do osso esterno, num espaço denominado mediastino.
  • Tamanho: O tamanho do coração corresponde aproximadamente ao da mão fechada da própria pessoa - porém, pode variar segundo a idade, o sexo, as características físicas e até os hábitos de vida de cada um, sendo um pouco maior nos homens, mas possui em geral 12 cm nos adultos (8 - 9 cm base, 6cm àpice).
  • Peso: Em média, o coração pesa cerca de 280 a 340g nos homens e cerca de 240 a 280g nas mulheres.
  • O coração é formado por:
Pericárdio: Membrana fibroserosa que envolve o coração.
O pericárdio é constituído de uma dupla membrana que envolve o coração. A camada externa (Pericárdio Fibroso) é mais fibrosa e a camada interna (Pericárdio Seroso) formada por uma membrana serosa, que se divide em pericárdio parietal, constituído por uma camada densa de feixes colagenos (possui contato direto com o pericárdio fibroso), e pericárdio visceral, mais interna, também chamado de epicárdio.Entre estas duas camadas existe uma cavidade virtual, a cavidade do pericárdio, com uma quantidade de líquido apenas o suficiente para umedece-las.

Miocárdio: É a camada intermédia, ou seja, o músculo cardíaco a que corresponde a maioria da espessura da parede do coração. Este tecido é formado por inúmeras estruturas de fibras musculares estriadas, semelhantes às que constituem os músculos esqueléticos, mas que ao contrário destas não são controladas pela vontade

Endocárdio: Camada mais interna, consiste uma fina e delicada túnica de tecido epitelial que reveste por completo as aurículas, os ventrículos e as válvulas cardíacas.


Estrutura interna


O coração é dividido verticalmente por um septo de tecido muscular, em duas metades, direita e esquerda, normalmente incomunicáveis entre si . Cada metade é formada de duas câmaras: um àtrio (superior) e um ventrículo (inferior).  Os àtrios e ventrículos comunicam-se entre si através das valvas atrioventriculares.

Valvas cardíacas

Entre os àtrios e ventrículos existem válvulas, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direção dos ventrículos, durante a contração dos àtrios. Estas vávulas são denominadas atrioventriculares, por promoverem a comunicação entre àtrios e ventriculos, porém no coração existem também as válvulas semilunares, presentes nas artérias aorta e pulmonar. A função das vávulas é impedir o refluxo sanguíneo durante a contração do coração.
No átrio direito chegam as veias cava superior e inferior, e no esquerdo, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta.


Sons Cardíacos


 O fechamento das válvulas cardíacas, bem como o impacto do sangue em diversas estruturas cardíacas e nos grandes vasos, produz sons específicos, denominados bulhas. As vibrações são depois propagadas às paredes do torax e podem ser auscultadas através de um estetoscópio, permitindo a obtenção de um conjunto de informações importantes sobre a condição do coração.
Em adultos saudáveis, existem geralmente dois sons do coração normais que ocorrem em sequência com cada batida do coração. Eles são a primeira bulha cardíaca ou primeiro som cardíaco (B1 ou S1) e a segunda bulha cardíaca ou segundo som cardíaco (B2 ou S2), produzidos pelo fechamento das valvas atrioventriculares e valvas semilunares respectivamente. Além destes sons normais, mais dois sons podem estar presentes (comummente referidos de extra-sons), a terceira bulha cardíaca ou terceiro som cardíaco (B3 ou S3), decorre da redução brusca da velocidade do fluxo dos átrios para os ventrículos, no período de enchimento lento ventricular, e a quarta bulha cardíaca ou quarto som cardíaco (B4 ou S4), é um som baixo que ocorre no final da diástole, ou na pré-sístole, decorrente da contração atrial.




Pontos de ausculta cardíaca

A ausculta cardíaca é realizada em quatro pontos específicos, denominados focos, que são:

* Foco aórtico, localizado na extremidade esternal do 2º espaço intercostal direito, junto à borda esternal.


* Foco pulmonar, localizado na extremidade esternal do 2º espaço intercostal esquerdo, junto à borda esternal.


* Foco mitral, localizado na sede do “íctus cordis”, ou seja, no 4º e 5º espaço intercostal esquerdo entre a linha mamilar e para- esternal, cerca de 8 cm da linha mediana anterior.


* Foco tricúspide, localizado no segmento inferior do esterno, junto à base do apêndice xifóide.






Estrutura do Músculo Cardíaco

O coração é formado por três tipos principais de músculos:


Atrial, contrai de forma parecida com o músculo estriado, mas a duração de contração é maior.

Ventricular, contrai de forma parecida com o músculo estriado, mas a duração de contração é maior.

Fibras musculares excitatórias e condutoras,  contraem-se muito fracamente, pois elas apresentam poucas fibras contráteis. Elas se especializaram na ritmicidade e na propagação, formando um sistema excitatório que controla a ritmicidade e a contração cardíaca.
Abaixo há uma imagem histológica típica do músculo cardíaco, mostrando as fibras musculares cardíacas formando uma treliça, com essas fibras se dividindo, voltando a se juntar e, novamente, se separando. Nota-se, imediatamente, nessa figura, que o músculo cardíaco é estriado, como o músculo esquelético típico. Além disso, o músculo cardíaco contém típicas miofibrilas, formadas por filamentos de actina e miosina quase idênticos aos encontrados no músculo esquelético; esses filamentos se interdigitam e deslizam uns sobre os outros, da mesma forma como o fazem no músculo esquelético.
  Corte histológico de músculo cardíaco. Notar em destaque os discos intercalares. Coloração HE.

Os discos intercalares apresentam-se como junções íntimas de membranas celulares, que apresentam uma resistência elétrica cerca de 1/400 daquela observada na membrana celular externa da fibra muscular. Sendo assim, por serem junções comunicantes entre fibras musculares cardíacas contínuas, os discos intercalares
permitem a difusão quase que totalmente livre de íons, permitindo que um potencial de ação trafegue, de uma célula para outra, com uma restrição muito pequena.

Desta forma, o músculo cardíaco pode ser considerado um grande sincício (conjunto de células que se fundem, perdendo parte de sua membrana, e formando uma única massa citoplasmática multinucleada), onde as fibras musculares encontram-se interconectadas por discos intercalares, que promovem a propagação do potencial de ação por toda a treliça de intercomunicações.
Na verdade, no coração, vão ser encontrados 2 sincícios: um atrial e outro ventricular. Esta divisão ocorre, pois, entre o átrio e o ventrículo, há um tecido fibroso que circunda as aberturas das válvulas atrioventriculares (A-V). Há um sistema especializado na condução átrio-ventricular que é o chamado feixe A-V.
A divisão em sincício atrial e ventricular permite que o átrio se contraia antes do ventrículo, fator fundamental para o funcionamento da bomba cardíaca.

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Conceitos em relação à Esquemas Terapêuticos

Como vimos, ao se administrar um medicamento é necessário tomar cuidado para que o mesmo produza um efeito farmacológico sem produzir toxicidade ou óbito, ficando dentro da margem terapêutica. Assim, para saber as quantidades ideais de cada medicamento, são realizados inúmeros testes com animais em laboratórios para verificar qual a quantidade ideal do medicameto, a qual denominamos dose, bem como saber qual a dose que produzirá o efeito deseja e qual dose o organismo suporta sem causar óbito. Desse modo, temos que:

  • Dose: Quantidade de fármaco suficiente para produzir efeito farmacológico.
  • Posologia: é o melhor esquema de administração da dose, que garanta o efeito farmacológico.
  • Dose Efetiva Mediana (DE50): é a dose capaz de produzir efeito farmacológico em 50% da população.
  • Dose Efetiva Letal (DL50): é a dose capaz de produzir óbito em 50% dos indivíduos.
  • Índice Terapêutico (IT): é a relação existente entre a Dose Efetiva Mediana (DE50) e a Dose Efetiva Letal (DL50), expressa da seguinte forma: IT = DL50
  • DE50
    Exemplos:
    Ex.1: Considere um medicameto cujo Índice terapêutico é 350, e a Dose Efetiva Mediana é 750. Qual será a sua Dose Letal?
    Resolução:
    IT=DL50/DE50
    350=DL50/750
    DL50=350 x 750
    DL50=262500
    Logo, temos que a Dose Efetiva Letal deste medicamento é 262500.
    Ex.2: Sabe-se que 50% dos indivíduos foram a óbito ao receber 10g de um determinado medicamento. A dose efetiva do medicamento é de 700mg. Calcule o Índice Terapêutico do medicamento.
    Resolução:
    IT=DL50/DE50
    IT=10g/700mg
    IT=10000mg/700mg
    IT=14,28
    Assim, o Ìndice Terapêutico desse medicamento é de 14,28.

Margem Terapêutica (MT)


Para que possamos entender como age um medicamento em nosso organismo, precisamos entender primeiramente que existe um limite mínimo de concentração para que determinada substância produza efeito farmacológico em nosso organimo, esse limite é a Concentração Mínima Efetiva (CME).

Assim, se um determinado medicamento não atingir o CME, ele não terá um efeito farmacológico, não apresentando o resultado esperado.

E assim como existe uma Concentração Mínima Efetiva, exite também sua contrapartida, a Concentração Máxima Tolerada (CMT), que é a concentração máxima de determinada substância que o organismo tolera sem que esta venha a causar óbito ou toxicidade.

A relação existente entre a Concentração Mínima Efetiva (CME) e a Concentração Máxima Tolerada é chamada de Margem Terapêutica (MT), podendo ser representada agraficamente da seguinte forma:


Para facilitar o entendimento, considere os exemplos a seguir:

Um fármaco qualquer que chamaremos de Fármaco A, que possui a seguinte margem terapêutica:


No exemplo acima, o Fármaco A está causando efeito farmacológico, pois ultrapassou o CME.

Agora considere um outro fármaco, o Fármaco B:


O Fármaco B não causará efeito farmacológico, pois não atingiu o CME.

Veja agora o Fármaco C:



O Fármaco C está causando efeito farmacológico, pois ultrapassou o CME, porém, está causando efeito tóxico, pois ultrapassou o CMT.

Veja agora o Fármaco D:


O Fármaco D está causando efeito farmacológico, pois atingiu o CME e não tóxico, visto que não ultrapassou o CMT.

Analise agora o Fármaco E:


O Fármaco E está causando efeito farmacológico pois ultrapassou o CME e não tóxico, pois, embora tenha atingido o CMT, não chegou a ultrapassá-lo.

Farmacologia: conceitos básicos.




A farmacologia (do grego: fármacon = droga) é a ciência que estuda como os medicamentos interagem com os organismos vivos. Essa ciência utiliza-se de conceitos e nomenclaturas próprias, sendo os principais:
  • Farmacocinética: é definida como o estudo quantitativo do desenvolvimento temporal dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. Sendo que:
  1. Absorção: A absorção é a passagem de substâncias do local de contato, que pode ser um órgão, a pele, os endotélios, para o sangue.
  2. Distribuição: é a passagem que ocorre da corrente sanguínea para líquido intersticial e intracelular.
  3. Biotransformação: a biotransformação submete o fármaco a reações químicas, geralmente mediadas por enzimas, que o convertem em um composto diferente do originalmente administrado. É a preparação para excreção, que ocorre geralmente no fígado para que, ao passar pelos túbulos renais, o fármaco não seja reabsorvido.
  • Fármaco (pharmacon = remédio): É uma estrutura química conhecida com propriedade de modificar uma função fisiológica já existente, ou seja, substâncias ativas com ação terapêutica.
  • Medicamento: É quando um fármaco se encontra em uma forma farmacêutica.
  • Forma Farmacêutica: É a forma de apresentação do medicamento, podendo ser: Comprimidos, Cápsulas, Drágeas, Pilulas, Soluções, Suspenção, Emulsão, Ovulos, Pomadas, Supositórios.
  • Placebo: é como se denomina um fármaco inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a sendo tratado.
  • Efeito Placebo: a administração de medicamentos pode produzir além do efeito farmacológico, um efeito adicional: o “efeito placebo”, que é um efeito psicológico que depende da fé ou confiança que o paciente tem no medicamento, na Unidade de saúde ou na pessoa que o orienta (geralmente o médico, a enfermagem e a pessoa do serviço de farmácia). Ex: Se ao tomar um comprimido de ácido acetilsalicílico, sentirmos alívio do sintoma (dor ou febre) em 5 minutos, é considerado efeito placebo, pois são necessários 20 minutos para o efeito farmacológico deste medicamento ocorrer.
  • Droga: é um composto químico de origem definida, capaz de interagir com um receptor específico e produzir um efeito farmacológico.
  • Princípio Ativo: é o componente químico capaz de produzir efeito farmacológico.
  • Efeito Farmacológico: o princípio ativo atua sobre determinadas células e órgãos ou em todo o corpo. O resultado é chamado de efeito farmacológico. Um medicamento em geral produz múltiplos efeitos e entre eles:
  1. Efeito principal : É aquele que queremos obter. Ex: o efeito farmacológico principal do salbutamol é a dilatação dos brônquios (broncodilatação) que permite aliviar um paciente com crise de asma.
  2. Efeito colateral, indesejável ou adverso: Conforme o próprio nome está dizendo é um efeito que não desejamos, mas é produzido pelo mesmo medicamento. Freqüentemente são inevitáveis e pouco graves, mas às vezes podem ser muito graves. Ex: o salbutamol, além de atuar sobre os brônquios, atua também sobre o coração provocando um aumento dos batimentos cardíacos (taquicardia) . É um efeito adverso, geralmente não grave.

Membrana Plasmática

Em 1970, S. J. Singer e G. L. Nicolson propuseram um modelo segundo o qual a membrana plasmática é uma estrutura dinâmica, fluida, cuja constituição base é uma bicamada de fosfolípidos (bicamada lipídica), sobre a qual se encontram distribuídas moléculas proteicas nela inseridas. Na face externa da membrana encontram-se hidratos de carbono ligados, quer à cabeça hidrofílica dos fosfolípidos (glicolípidos), quer às proteínas (glicoproteínas), que se pensa serem importantes no reconhecimento de substâncias

Como já foi dito, a membrana plasmática é a estrutura que isola o meio interno (citosol ou meio intracelular) do meio externo (ou fluido extracelular), definindo assim a individualidade de cada célula. Mas esta é a apenas a sua principal função.
Além disso ela desempenha outras funções, tais como:
  1. Isolamento Físico: atuando como barreira fisica separando o interior da célula do exterior.

  2. Regulação das trocas com o meio: controlando a entrada e saída de substancias.

  3. Suporte estrutural: através das proteínas inseridas na bicamada fosfolipídica, que ancoram as proteínas do citoesqueleto a fim de manter o formato celular. Além disso, as proteínas da membrana criam junções especializadas entre células próximas e entre as células e a matriz extracelular.

Ela é formada basicamente por uma bicamada fosfolipídica com moléculas de proteínas inseridas nela.

A bicamada fosfolipídica é uma estrutura semelhante a uma lâmina com duas camadas de fosfolipídeos arranjados de modoque suas caudas hidrofóbicas ficam entre duas camadas da molécula que são hidrofílicas (cabeças). Embora os fosfolipídeos sejam o principal componente da membrana, o colesterol também compõe uma parte significativa de muitas membranas celulares, e por não possuírem uma parte hidrofílica como os fosfolipídeos, as móleculas de colesterol se inserem dentr da porção central da bicamada. O colesterol ajuda a manter a membrana impermeável a pequenas moléculas solúveis em àgua e torna a membrana flexível em uma ampla variedade de temperaturas.

Como já falamos, a membrana não é composta apenas de fosfolipídeos. Cada célula possui entre 10 e 50 tipos diferentes de proteínas inseridas na bicamada fosfolipídica. Essas proteínas são anatomicamente classificadas como proteínas associadas ou integrais.

  • Proteínas associadas: também chamadas periféricas, ligam-se fracamente a proteínas transmembrana ou a regiões polares de fosfolipídeos, e podem ser removidas sem que a integridade da membrana seja quebrada.
  • Proteínas Integrais: também denominadas porteínas intrínsecas ou integradas, estão intimamente ligadas à bicamada fosfolipídica e não podem ser removidas dela, exceto através da degradação da bicamada fosfolipídica com detergentes ou através de métodos agrassivos que rompam a integridade da membrana plasmática. Algumas dessas proteínas extendem-se somente até o centro lipídico da membrana, enquanto que muitas atravessam a membrana inteira.


Quando uma proteína integral atravessa a membrana toda ela passa a ser chamada de proteína transmembrana.

As Proteínas Transmembrana podem atravessar a membrana uma única vez (proteína transmembrana de passagem única) ou então atravessar várias vezes a membrana (proteína transmembrana multipassagem. Podem ainda ser classificadas quanto à forma que tomam, em hélice ou arranjadas como barris (figura abaixo). Podem ter a função de transportar íons, funcionar como receptores ou como enzimas.

De acordo com o modelo do mosaico fluido, as proteínas podem mover-se lateralmente de uma localização do citoesqueleto para outra, direcionadas por fibras do citoesqueleto que ficam bem próximas à superfície da membrana, enquanto que alguimas outras proteínas transmembrana são imóveis, e auxiliam a posicionar as proteínas do citoesqueleto.
As proteínas de membrana desempenham diversas funções, segundo as quais podem ser classificadas em:
  1. Proteínas Estruturais: Cuja função é concentrar a membrana e o citoesqueleto para manter a forma da célula e criar junções celulares que fazem com que os tecidos permaneçam unidos. São exemplos desse grupo as microvilosidades, junções de oclusão e junções comunicantes.
  2. Proteínas Enzimas: Catalisam reações químicas que ocorrem na superfície externa ou na região próxima ao lado interno do citoplasma. A Angiotensina é um exemplo de proteína enzima.
  3. Proteínas Receptores: Fazem parte do sistema químico de sinalização do corpo, sendo específicos para uma mólécula ou família de moléculas relacionadas, assim como as enzimas reconhecem e ligam-se apenas a substratos específicos. A molécula que se liga ao receptor é denominada ligante, e geralmente esta ligação aciona outro evento na membrana. Um bom exemplo de ligante é o hormônio insulina, que se combina ao receptor da insulina para exercer seus efeitos.
  4. Proteínas Transpotadores: Este grupo de proteína pode ser subdivido em:
  • Proteínas de canais: Realizam um transporte transmembrana mais rápido e pouco seletivo, apenas de moléculas menores.
  • Proteínas Carreadoras: Realizam um transporte mais lento, porém mais seletivo, e transportam moléculas maiores.

Desse modo, se dissecáassemos a membrana plasmática, teríamos uma imagem semelhante à imagem abaixo.

Homeostase do Meio Interno


O corpo humano é composto de vários sistemas e órgãos, cada um consistindo de milhões de células. Estas células necessitam de condições relativamente estáveis para funcionar efetivamente e contribuir para a sobrevivência do corpo como um todo. Essa estabilidade os fisiologistas denominam homeostase.
Desse modo, temos que a Homeostase(do grego homeo = igual; stasis = ficar parado) é a capacidade que o corpo possui de manter relativamente constate seu meio interno, ou seja, uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial (intercelular).


Porque a Homeostase é necessária?


Embora nossos corpos como um todo estejam relativamente adaptados para enfrentar um meio externo variável, suas células individualmente são muito menos tolerantes às mudanças. A maioria das células encontram-se protegidas do mundo externo pela zona tampão do fluido extracelular, assim, quando as condições fora do corpo mudam, tais mudanças se refletem na composição do fluido extracelular, que por sua vez afeta as células.
Para evitar ou minimizar os danos causados por tais mudanças. nosso organismo criou e evoluiu diversos mecanismos que mantêm a composição do fluido extracelular, mantendo-o dentro de uma faixa estreita de valores. A incapacidade na manutenção da homeostase interrompe a função normal das células e resulta em um estado de doença ou condição patológica (pathos = sofrimento).

O que separa o meio interno das células (citosol ou fluido intracelular) do meio externo (fluido extracelular) é a membrana plasmática (também conhecida como membrana celular).

Blogumulus by Roy Tanck and Amanda Fazani

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